Dor intensa ao urinar, vontade de ir ao banheiro toda hora, sensação de que a bexiga não foi totalmente esvaziada – a infecção urinária de recorrência atinge principalmente mulheres e é extremamente incômoda e dolorosa.
Grande parte das mulheres já enfrentou ou ainda enfrentará esse problema uma hora ou outra, mas quando a infecção ocorre repetidamente, pode ser necessária uma intervenção médica mais profunda do que apenas cuidar dos sintomas.
Como é realizado o diagnóstico da infecção urinária de recorrência
A infecção urinária pode ser dividida em duas categorias principais: a que ocorre na bexiga (cistite) e a que ocorre nos rins (pielonefrite). Essa última é bem mais rara e perigosa, identificada por sintomas como febre, fraqueza e enjoos.
A cistite é muito mais comum, e é ela que pode facilmente ocorrer com frequência. Além dessas, há ainda as que por vezes acometem a uretra (uretrite) ou a próstata (prostatite).
Quando a cistite se manifesta duas ou mais vezes dentro de seis meses, ou três ou mais vezes dentro de um ano, ela já pode ser considerada de recorrência. Esse quadro não é tão difícil de se formar: cerca de 45% das mulheres reincidem na infecção menos de 12 meses depois da primeira vez.
No caso delas, isso não costuma estar relacionado a grandes complicações. Já nos homens, a infecção urinária já é rara por si só. Se ela acontece repetidamente, pode ser um sinal de algum problema anatômico no sistema urinário, desde obstrução do ureter até variações na próstata.
A causa no caso das mulheres é variável, e muitas vezes permanece não identificada. Ela pode ser hereditária, visto que muitas das pacientes que apresentam essa condição possuem uma parente próxima que sofre ou sofreu da mesma doença. Mas pode também ter a ver com fatores como a higiene íntima (precária ou excessiva), uso de produtos com espermicidas (contraceptivos), ou ainda diabetes e menopausa.
Tratamento da infecção urinária de recorrência
O tratamento de cada infecção geralmente é feito com antibióticos, mas, para evitar a reincidência, é preciso ter uma visão mais ampla. Observar os fatores de risco é o primeiro passo; temos que descobrir se a repetição está ocorrendo por conta de algum hábito ou por um fator imodificável. Depois, é possível fazer tratamentos medicamentosos preventivos, que incluem antibióticos diversos por um período de até um ano.
No caso dos homens, como a infecção urinária de recorrência muitas vezes indica um problema mais grave, o tratamento varia. Por vezes, ele pode incluir apenas medicamentos ou pode se tornar cirúrgico, visando corrigir as falhas anatômicas responsáveis pela situação. De qualquer maneira, depois de identificada a causa, o médico poderá indicar o tratamento adequado, mesmo que seja o controle de outra doença (como a diabetes).
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