Caracterizada pela dor genital durante o contato íntimo ou após o ato, a dispareunia ocorre em homens e mulheres, sendo mais frequentes os casos femininos. Pode surgir em qualquer fase da vida, provocando sofrimento, piora na qualidade de vida e dificuldade no relacionamento amoroso.
O problema está mais associado a problemas físicos e a dor pode ser tão forte que dificulta a relação sexual. O diagnóstico deve ser feito por um urologista, no caso dos homens, mediante a observação dos órgãos genitais e do sintoma relatado. Para as mulheres, o diagnóstico é feito pelo ginecologista. O médico poderá solicitar exames para identificar as causas e indicar o tratamento adequado.
Causas
Identificar corretamente a causa é a melhor forma de tratar a dor. Podem ser de ordem emocional ou física. Além disso, a dor pode ocorrer devido a:
- má lubrificação vaginal;
- inflamação de glândulas na região genital;
- preservativo colocado incorretamente;
- diafragma mal encaixado;
- reação alérgica a espumas contraceptivas;
- síndrome da Congestão Pélvica;
- síndrome de peyronie;
- infecção do trato urinário;
- doenças sexualmente transmissíveis.
A dispareunia pode, também, ser causada por efeitos colaterais de alguns medicamentos, reações alérgicas a lubrificantes, roupas, cera de depilação e, ainda, por fístula, dermatite, traumatismo e fimose.
Tratamento
Os programas de tratamento são estruturados a partir da identificação da causa e no desenvolvimento do diagnóstico. Levantam-se as queixas, a fim de identificar, quantificar, qualificar e avaliar o estágio de evolução do problema. Após isso, é realizado o planejamento do tratamento com o uso dos procedimentos adequados para o caso e, posteriormente, a avaliação dos resultados.
Algumas estratégias podem auxiliar na melhora e cura da dor:
- dedicação ao relacionamento amoroso, garantindo o entrosamento e a intimidade do casal;
- conhecer o próprio corpo, o corpo do parceiro e suas emoções;
- descansar fisicamente e mentalmente;
- ter o contato íntimo num ambiente tranquilo e calmo;
- combinar um dia para o encontro e se preparar durante o dia;
- fazer refeições leves e consumir alimentos afrodisíacos;
- usar lubrificante íntimo durante as tentativas;
- estabelecer um limite, de modo que o parceiro entenda quando deve parar se não estiver prazeroso;
- estar confiante durante as preliminares e dizer o quando você gosta e está feliz com seu parceiro;
- usar analgésico, anti-inflamatório ou antibiótico, conforme orientação médica;
- seguir o tratamento indicado pelo médico urologista.
Em alguns casos, pode ser preciso um processo cirúrgico. Se necessário, pode ser realizada biópsia da pele, com anestesia local, em consultório. O diagnóstico da doença requer um exame completo e minucioso.
Antes de uma abordagem por problemas psicológicos, é importante realizar diversos exames físicos para excluir hipóteses de causas da dispareunia. A dor durante o ato sexual não é normal e deve ser tratada por um especialista.
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