O cálculo urinário, popularmente conhecido como pedra nos rins, caracteriza-se pelo depósito de minerais não só neste órgão, mas também em outras partes deste sistema excretor.
A doença, que recebe também outras denominações como cálculo renal, litíase e urolitíase, acomete 1 a cada 200 pessoas e mais é observada em pacientes do sexo masculino.
As pedras formadas por minerais que caracterizam esta enfermidade são expelidas naturalmente pelo organismo em 80% das pessoas que apresentam o quadro. No entanto, em alguns casos, quando as formações estão maiores, podem ser necessários tratamentos mais invasivos como a endoscopia.
Abaixo, esclarecemos um pouco mais sobre este problema de saúde. Acompanhe!
Quais os sintomas?
O cálculo urinário é uma doença silenciosa. Como ela não apresenta sintomas na maioria dos casos, seu portador pode expelir os sedimentos minerais sem nem saber da sua existência.
No entanto, há pessoas que apresentam fortes cólicas e dores nas costas que podem durar até por uma hora. Isto acontece, em geral, quando as pedras são maiores e se deslocam para sair do aparelho urinário, obstruindo assim o fluxo miccional.
A característica deste tipo de dor é que ela irradia das costas para a lateral do abdome, na altura abaixo das costelas. Em alguns casos, pode ser sentida até a pélvis. Sua intensidade é de moderada para intensa, dependendo do grau de sensibilidade de cada paciente.
Outros sintomas observados são náuseas, vômitos, sudorese e presença de sangue na urina.
O que causa o cálculo urinário?
Como dissemos, a causa desta enfermidade é em função do acúmulo de alguns minerais no organismo, provocando a formação de pequenas pedras que se depositam no aparelho urinário.
Este excesso de alguns elementos minerais no corpo geralmente acontece em função de uma dieta desequilibrada. O baixo consumo de água é apontado como um fator que contribui para a formação desses cristais. Por isso, em alguns casos, o desenvolvimento do problema pode ser evitado pelo aumento no consumo de líquidos e pela manutenção de uma alimentação adequada.
O cálculo urinário também pode ser decorrente de outras doenças como a obesidade e a diabetes. Além disso, pesquisas apontam que pessoas com familiares portadores da doença são mais propensas a desenvolvê-la.
Quais os tratamentos disponíveis?
Durante as crises, algumas pedras podem ser expelidas de forma espontânea. Neste momento, são usados apenas analgésicos e antiespasmódicos. Caso tenha ficado algum sedimento no aparelho urinário do paciente, é utilizado o emprego da litotripsia, que consiste na aplicação de correntes elétricas que fragmentam os cristais minerais para que eles sejam eliminados na urina.
Quando as pedras são maiores, são usados tratamentos mais invasivos como a endoscopia urológica, ureteroscopia (cirurgia a laser) e cirurgias percutâneas. No entanto, são procedimentos que não exigem internação. A cirurgia tradicional é utilizada apenas em 10% dos casos.
Para diagnosticar o problema, o médico pode fazer um exame clínico e, caso haja suspeita, o paciente é encaminhado para a realização de exame de urina, tomografia, ultrassonografia ou radiografia.
Se você tem alguém na família com cálculo urinário ou já sentiu dores fortes nas costas abaixo das costelas, não deixe de procurar um médico de confiança.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Goiânia!