Estima-se que nas próximas décadas 25% dos brasileiros do sexo masculino com mais de 60 anos, o que equivale a aproximadamente 7,5 milhões de pessoas, apresentarão a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino.
Esses são dados do IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — e da OMS — Organização Mundial de Saúde, e representam uma projeção que tem como base o envelhecimento da população. A boa notícia é que não se trata de uma epidemia, mas de um problema típico do público masculino, mais conhecido como “andropausa”.
O termo não é muito bem-aceito pela comunidade médica em virtude da associação com a menopausa feminina. Tal associação relacionaria as duas condições numa suposta categoria, o que não corresponderia à realidade, uma vez que a menopausa é uma condição inevitável no público feminino, que tem, inclusive, uma faixa etária específica entre os 45 e 50 anos. A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino acomete apenas uma parte dos homens e nas mais distintas faixas etárias.
Nas mulheres, ocorre na menopausa a interrupção total e definitiva da produção dos hormônios sexuais femininos. Nos homens, o que ocorre é uma diminuição natural e gradual na produção de testosterona na medida em que passam os anos.
Essa queda de testosterona ocorre a partir dos 40 anos e aflige cerca de 20% dos homens, sendo que o percentual aumenta conforme aumenta a faixa etária.
Sintomas e prevenção da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino
Um dos pontos que devem ser levados em consideração é que determinadas condições no ser humano são automaticamente atribuídas a um processo natural associado ao envelhecimento.
Porém, isso é um mito que pode levar as pessoas a deixarem de tratar determinadas condições, aceitando, em consequência, a perda de qualidade de vida, que poderia ser evitada.
Portanto, a recomendação é aprender a identificar os sintomas e procurar um atendimento médico, caso os apresente.
Confira os sinais da andropausa:
- perda de massa muscular e força;
- fadiga e perda de resistência física;
- redução da libido;
- diminuição da frequência de ereções pela noite e pela manhã;
- disfunção erétil;
- aumento da gordura visceral (protusão abdominal);
- comprometimento das funções cognitivas e da memória;
- irritabilidade, desânimo e sintomas de depressão.
A prevenção está relacionada a fatores ligados à qualidade de vida de um modo geral. Assim, controlar diabetes, hipertensão, sedentarismo e obesidade estão no topo da lista.
A essas recomendações se juntam o controle do colesterol e de triglicérides, a redução do consumo de bebidas alcoólicas, o abandono do tabagismo e o combate à depressão e outros transtorno psíquicos.
O tratamento da Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino se inicia com uma mudança de hábitos, que inclui melhora da alimentação e adoção de uma rotina de exercícios físicos. A essas medidas, segue-se o tratamento de reposição hormonal, estando, evidentemente, o paciente ciente dos riscos desse tipo de medida. Em alguns casos, pode ser adotado medicamento para disfunção erétil.
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