Apesar de afetar todas as pessoas, a estenose uretral é mais frequente em homens e, por isso, seu cuidado é de competência do urologista. O problema consiste em um estreitamento da uretra, canal pelo qual a urina é excretada da bexiga. O motivo da doença ser mais comum em homens reside no fato de a uretra deles ser mais longa que a das mulheres, uma vez que uma porção fica do “lado de fora” do corpo humano.
O grau de comprometimento da uretra pode variar, indo desde pequenas obstruções, que chegam a passar imperceptíveis, até a casos em mais graves, nos quais há o bloqueio total do canal, algo que leva a uma série de complicações quando não é tratado.
Por que ocorre a estenose uretral?
A doença está diretamente associada à formação de tecido cicatricial na uretra. Assim, as causas podem ser divididas em três grandes grupos:
- Acidentes e pancadas: no decorrer da vida, a uretra é agredida por pequenos acidentes, que podem ocorrer em diversos momentos e situações, incluindo no ato sexual. Para se recuperar dessas lesões, ocorre a formação de tecido cicatricial no interior da uretra, prejudicando sua capacidade de vazão.
- Doenças sexualmente transmissíveis: alguns tipos de DSTs também podem causar pequenas lesões no tecido da uretra e, seguindo a lógica da cicatrização para que essas lesões sejam curadas, também há o comprometimento do fluxo de urina.
- Cirurgias: mesmo as lesões controladas, como aquelas feitas em cirurgias, também geram tecido cicatricial na região da uretra.
Vale ressaltar que, além desses fatores externos, a doença também pode ser causada por fatores congênitos, como a formação fetal. Assim, alguns homens podem apresentar a doença desde o nascimento.
Entre seus principais sintomas, estão, além do comprometimento da capacidade de vazão da urina, o jato duplo, gotejamento da urina após o ato de urinar, vontade de urinar durante a noite, ardência e incontinência urinária.
Quais as opções de tratamento disponíveis?
De forma geral, é possível afirmar que existem quatro principais opções de tratamentos para a estenose uretral. São elas:
- Dilatação uretral: trata-se de um tratamento realizado em ambulatório, no qual sondas de calibres cada vez maiores são introduzidos na uretra para que seu diâmetro fique maior, permitindo um maior fluxo de urina.
- Uretrotomia: consiste em um procedimento cirúrgico amplamente utilizado em pequenas estenoses, feito com a inserção de um tipo especial de endoscópio capaz de cortar e remover o tecido que está causando a diminuição do fluxo.
- Uretroplastia: retirada total da parte da uretra afetada pelo tecido cicatricial, que é reconstruída por meio de enxertos de pele. Apresenta resultados bastante satisfatórios.
- Uretrostomia perineal: neste procedimento, não se mexe na uretra, uma vez que é criado um novo canal para a urina sair, localizado no escroto, abaixo dos testículos.
A escolha entre um outro procedimento para tratar a estenose uretral deve ser feita por um profissional em conjunto com o paciente.
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