Obesidade e incontinência urinária são dois distúrbios que podem se encontrar numa relação de causa e efeito.
A obesidade está no mesmo patamar maléfico do cigarro. O problema é que o número de fumantes cai vertiginosamente no mundo a cada ano. No Brasil, o número de fumantes teve uma retração de 36% entre 2006 e 2017, segundo estudo divulgado pelo Ministério da Saúde.
Já no que diz respeito à obesidade, a situação é inversa. As projeções da Organização Mundial de Saúde são de que 2,3 bilhões de adultos estão acima do peso e, desses, 700 milhões estarão obesos em 2025.
Ou seja, apesar dos malefícios do cigarro, são os problemas da obesidade que mais preocupam as organizações de saúde, atualmente. O distúrbio do peso contribui como fator de risco para diversos problemas de saúde, como o diabetes, doenças cardiovasculares, problemas estruturais e uma série de doenças.
Isso ocorre porque a obesidade está associada a dois fatores graves: má alimentação e sedentarismo.
Pode-se, portanto, atribuir à má alimentação e ao sedentarismo a condição de fator de risco para a incontinência urinária. Neste artigo, trabalharemos com a obesidade e com as explicações sobre como e por que ela contribui para a incontinência.
O assoalho pélvico
O assoalho pélvico é um músculo localizado entre dois ossos: o púbis e o cóccix, na região da bacia. É formado por 13 músculos, ligamentos e fáscias, cuja finalidade é dar sustentação aos órgãos localizados naquela região, entre eles a bexiga.
A saúde desse músculo significa que você tem o controle urinário e fecal. Além disso, ele é responsável pelas funções sexuais, tendo ligação com a próstata, o reto e os órgãos sexuais e reprodutivos.
Quando esse músculo perde sua consistência, o indivíduo está sujeito a ter, entre outros sintomas, a perda do controle sobre a urina e as fezes, passando a fazer emissões involuntárias.
Para evitar constrangimentos, é importante lembrar que a obesidade é apenas um dos fatores para o desgaste, pois a gordura acumulada no abdômen produz pressão sobre o assoalho pélvico. Outros fatores são o envelhecimento, a gravidez e o parto, a menopausa, fatores genéticos e cirurgias.
Causas, prevenção e tratamento da incontinência urinária
Da mesma forma, há uma série de outros fatores que contribuem para o aparecimento da incontinência, como o diabetes, distúrbios neurológicos, insuficiência cardíaca, doença obstrutiva pulmonar, esclerose múltipla, distúrbios do sono, demência e distúrbios cognitivos.
De qualquer forma, um dos primeiros cuidados do médico ao perceber a precarização do assoalho pélvico em pacientes idosos é recrutar um atendimento transdisciplinar, para que o paciente perca peso, que irá incluir nutricionista, educador físico e até mesmo um psicólogo.
Para evitar a incontinência urinária, é importante mudar os hábitos alimentares e deixar o sedentarismo para trás. Pratique exercícios para fortalecer a musculatura da região abdominal e pélvica. Além disso, você deve eliminar os fatores de risco, como o consumo de açúcar, cafeína e álcool e abandonar o cigarro.
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