A vasectomia é uma cirurgia muito popular e consiste basicamente em uma esterilização voluntária por parte do paciente. Ou seja, por vontade própria, homens submetem-se a este procedimento com o objetivo de terem um planejamento familiar mais seguro.
Este método contraceptivo tem 99% de eficácia e é um dos mais seguros que existem. Além disso, é muito simples e rápido, sendo feito apenas com anestesia local e sem necessidade de internação.
Abaixo, separamos as principais dúvidas que surgem com relação à vasectomia – ou diferenctomia – como também é conhecida no meio médico. Confira!
Como é feita a vasectomia?
A cirurgia de vasectomia dura em torno de 30 minutos e consiste em interromper o caminho do espermatozóide até a uretra, para que assim ele não fecunde o óvulo quando é excretado pelo pênis durante a relação sexual.
Esta interrupção é feita com a secção, ou corte, dos canais deferentes, que servem de ligação entre os testículos e a uretra. Com esta interrupção, o sêmen fica sem espermatozóide, evitando assim uma gravidez indesejada.
O pós-operatório é complicado?
Em geral, os pacientes relatam poucos incômodos no pós-cirúrgico. O procedimento não exige internação e alguns homens conseguem dirigir ou ir direto para o trabalho depois.
Um relato comum é sobre uma sensibilidade maior na região escrotal, onde foi feita a incisão, mas que não chega a configurar uma dor. É recomendado evitar a prática esportiva por até cinco dias após a cirurgia.
O resultado é imediato?
Esta é uma das dúvidas mais frequentes dos pacientes que têm interesse em realizar a vasectomia e, infelizmente, a resposta é não.
O homem deve utilizar outro método contraceptivo por até três meses após submeter-se ao procedimento. Entre 60 e 90 dias após sua realização, são feitos espermogramas periódicos para verificar se houve a azoospermia – ou ausência de espermatozoides no sêmen.
Só a partir deste resultado é possível constatar se houve sucesso na cirurgia.
É reversível?
A reversibilidade da vasectomia é viável. Porém, o êxito na cirurgia de reversão tem relação com o período de tempo passou desde que o paciente realizou a esterilização. Quanto menos tempo tem que um homem se submeteu à vasectomia, maior será o percentual de recuperação da fertilidade.
Isto se dá em função de obstruções que ocorrem próximo ao local que foi feita a secção do canal. Este problema é acarretado em função de uma necrose causada pelo aumento da pressão no epidídimo – um duto que leva o esperma ao canal deferente.
Quais os piores riscos e complicações?
O maior risco observado é a recanalização do duto que deveria ter sido cortado com a cirurgia. Com isso, a esterilização não se cumpre em função de um erro médico durante o procedimento, reforçando assim a necessidade de contar com um bom profissional.
O aparecimento de hematoma na bolsa escrotal também é observado em alguns casos. No entanto, quanto mais experiente for o médico, menor será o risco do surgimento deste tipo de marca pós-cirúrgica.
Onde posso realizar este procedimento?
É possível realizar o procedimento em ambiente de clínica médica, sem a necessidade de hospitalização. Os casos de internação em hospital são reservados para pacientes que apresentam quadros especiais, como os cardíacos.
A vasectomia é um dos procedimentos mais realizados pelos urologistas. No entanto, é efetivamente recomendado para homens com mais de 30 anos de idade, que já tenham tido dois ou mais filhos e estejam cientes de como funciona esta cirurgia.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Goiânia!