Dentre os diversos tipos de cânceres que apresentaram aumento de incidência na população mundial, estima-se que um dos que mais crescem é o câncer de bexiga, órgão responsável por armazenar a urina produzida pelos rins até que ela seja eliminada pela contração muscular envolvida no ato de urinar.
Fatores ambientais e estilo de vida estariam relacionados ao aumento da incidência desse tipo de câncer. Apesar de todas as causas para o surgimento da doença ainda não serem conhecidas, somente nos Estados Unidos, 50% esse tipo de tumor maligno é causado pelo tabagismo. Outras causas já comprovadas incluem a lida direta com tintas e corantes (20% a 25% dos casos diagnosticados) e látex.
Mais de 90% dos tumores que surgem nesse órgão ficam confinados no urotélio, uma fina mucosa que reveste o interior da bexiga, e a boa notícia é que a grande maioria desses tumores é superficial, ou seja, não atinge a musculatura do órgão, comprometendo-o de maneira mais leve quando comparado aos chamados tumores infiltrativos.
Diagnóstico do câncer de bexiga
O primeiro e mais claro sintoma de que pode haver algum problema na bexiga é a presença de sangue na urina. Assim, por meio desse sintoma, da história do paciente e de um exame físico detalhado, o médico pode chegar à suspeita dessa doença.
Como a presença de sangue na urina pode ser indicativa de problemas em outros órgãos do aparelho excretor, exames de imagem, como uma tomografia computadorizada, podem dar um diagnóstico mais preciso.
Dessa maneira, além da obtenção do diagnóstico, é possível que o médico defina qual o tratamento mais adequado para tratar aquele tumor específico, o que dependerá de diversos fatores, como tamanho, localização, risco de comprometimento de órgãos vizinhos, dentre outros, e um dos tratamentos possíveis é a cirurgia de câncer de bexiga.
Tipos de cirurgia
Na maioria dos casos, é necessário recorrer à cirurgia para tratar o câncer em questão, pois, em caso de tumores mais agressivos, é necessário realizar o tratamento com base em quimioterapia, para garantir a morte do tecido anormal.
Existem dois principais tipos de cirurgias. A primeira delas é a cirurgia transuretal, amplamente utilizada em tumores superficiais em estágio inicial. Nela, um pequeno aparelho chamado ressectoscópio é inserido na bexiga, através da uretra, e remove qualquer tecido anormal ou tumor presente no órgão. Esse procedimento pode ser realizado com raquianestesia ou anestesia ou geral.
O segundo tipo de cirurgia é a cistectomia, que consiste na retirada de uma parte (parcial) ou de toda (total) a bexiga. Justamente por isso é utilizada para tratar tumores mais agressivos e profundos. No primeiro tipo, a principal consequência é que o paciente perde a capacidade de armazenar a mesma quantidade de urina anterior à doença, o que torna a micção mais frequente. No segundo tipo de tratamento para o câncer de bexiga, é necessário que o órgão seja reconstruído.
A necessidade de realização da cirurgia, bem como a técnica mais adequada para realizá-la, só pode ser decidida por um médico urologista capacitado, tanto no caso de câncer de bexiga em homens quanto em mulheres.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como urologista em Goiânia!