Mais de 150 mil casos de câncer de bexiga são registrados anualmente no Brasil. O risco desse câncer aumenta com o envelhecimento, sendo mais comum em pessoas acima dos 40 anos e idosos. As estatísticas mostram que esta doença é principalmente masculina. Entre os que sofrem de câncer, cerca de 70% são homens.
Câncer de bexiga é uma formação maligna nas células que revestem as paredes internas da bexiga. Costuma ser diagnosticado precocemente, quando ainda é tratável.
Sintomas
Nas fases iniciais, os tumores de bexiga são assintomáticos. Quando os sintomas aparecem, o mais frequente é a presença de sangue na urina visível a olho nu ou apontada em exames de laboratório.
À medida que a doença evolui podem surgir sintomas como: ardor e urgência para urinar, inchaço nas pernas, dor nas costas, dor pélvica, perda de peso e de apetite, anemia, e cansaço.
Esses sinais e sintomas, porém, não são específicos de câncer, sendo mais comuns em outras doenças das vias urinárias, como infecção urinária, pedras nos rins ou incontinência urinária. Por isso devem ser diferenciados pela avaliação do clínico geral ou urologista.
Causas do câncer de bexiga
As causas do câncer na bexiga nem sempre são claras para os médicos. A doença, porém, pode ser associada ao tabagismo, devido a substâncias tóxicas contidas na fumaça do cigarro, cachimbo e charuto, eliminadas pelos rins junto com a urina, que agridem as paredes que revestem o interior da bexiga.
Outra causa importante é a exposição a agentes químicos por exigência profissional, como ocorre com as pessoas que trabalham na indústria têxtil ou de tintas, ou com metal, borracha e couro.
São considerados ainda fatores de risco para os tumores de bexiga a hereditariedade, a radioterapia e a ciclofosfamida, uma droga utilizada em quimioterapia e no tratamento de doenças reumáticas e autoimunes, entre outras.
Diagnóstico
Exame de urina, ultrassom das vias urinárias, ressonância ou tomografia computadorizada, e a cistoscopia (introdução de um tubo fino pela uretra para observar o interior da bexiga e coletar biópsias) são os principais exames para o diagnóstico.
A biópsia do tumor também é muito importante, pois determinará se é um tumor benigno ou um câncer com características de malignidade.
Tratamentos
O tratamento depende do estágio da doença, da gravidade dos sintomas e da saúde geral do paciente.
O principal recurso terapêutico é a cirurgia. Para os estágios iniciais o tratamento inclui cirurgia para remover o tumor sem remover o resto da bexiga e quimioterapia diretamente na bexiga.
Tratamentos para os estágios avançados de câncer de bexiga podem ser feitos com cirurgia para remover a bexiga inteira, seguida da construção de um novo reservatório para a urina utilizando um segmento das alças intestinais; ou somente parte da bexiga, seguida de radioterapia e quimioterapia; quimioterapia para diminuir o tumor antes da cirurgia; e combinação de quimioterapia e radiação (em pacientes que optam por não ser operados ou que não podem ser operados).
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